Princípios Absolutos da Obra de Deus
Muitos irmãos crêem que há várias maneiras de se fazer a obra de Deus. Crêem que uns podem fazer de uma forma, outros de outra. Uns fazem discipulado, outros fazem grandes reuniões; uns fazem evangelismo pessoal, outros fazem evangelismo de massa. Uns fazem guerra espiritual, outros fazem estudos bíblicos. Alguns outros crêem que a obra de Deus deve ser feita com uma combinação de todos estes métodos. Aqueles que fazem estas afirmações, não vêem outra coisa além de métodos. Mas precisam saber que coisas são indispensáveis e quais as que podem mudar conforme a circunstância e o local em que se trabalha. O objetivo deste estudo é trazer clareza sobre estas questões. Métodos ou Princípios? Todas as nossas práticas ou métodos devem se originar de princípios. Não importa quantas práticas tenhamos, ou quanto estas práticas mudem, elas devem emanar de princípios imutáveis. PRINCÍPIOS___________ PRÁTICAS A respeito destas coisas, encontramos hoje um engano comum: pensa-se que apenas o alvo é absoluto na obra de Deus, mas a estratégia é relativa. “O Que” Deus quer é absoluto, mas “O Como” Deus quer é relativo. O que importa é o objetivo, mas cada um procura alcançá-lo da maneira que bem entender. Afirmamos Que Isto É Um Engano. Não podemos fazer a obra de Deus da maneira que quisermos. Os objetivos de Deus são sublimes, são divinos. Ele não nos dá uma obra tão tremenda dizendo: “façam como quiserem”. Isto não quer dizer que ele vai nos dar detalhes sobre as práticas. Mas vai nos orientar quanto aos princípios da obra, a respeito “Do Que” ele quer e “De Como” ele quer. Princípios Absolutos da Obra em Geral A. O PROPÓSITO ETERNO DE DEUS B. JESUS É O NOSSO ÚNICO PONTO DE REFERÊNCIA C. A PALAVRA APOSTÓLICA É A NOSSA ÚNICA FONTE DE INFORMAÇÃO D. A ORDEM DE JESUS É QUE FAÇAMOS DISCÍPULOS (Mt 28-18-20) A) o que era um discípulo para Jesus (Lc 14.26-27; 14.33; Jo 8.31; 13.34-35; 15.8); B) como Jesus fazia discípulos, que mensagem pregava e que condições colocava (Mt 18-19; 9.9; 19.16-22; Lc 9.57-62; 14.26-33); C) como ele cuidava dos discípulos (Mc 3.14; Jo 17; Mt 5.1-2) F. A ESTRATÉGIA DE DEUS PARA CUMPRIR O SEU PROPÓSITO É O SERVIÇO DOS SANTOS G. TODO RECONHECIMENTO DO MINISTÉRIO DEVE SER PELO FRUTO DO SERVIÇO (Mt 7.16) H. OS PASTORES, E OUTROS LÍDERES DEVEM SER E FAZER TUDO AQUILO QUE QUEREM QUE OS DEMAIS DISCÍPULOS SEJAM E FAÇAM. (At 1.1; Hb 5.1-3) I. TODO ENSINO E ESTRUTURA DEVE SE MANTER NA SIMPLICIDADE. (2Co 11.3) J. TUDO ISTO SE FAZ NAS CASAS (At 2.46; 5.42; Rm 16.10,14,15; 1Co 16.15,19; Cl 4.15) Princípios Absolutos Específicos dos Grupos Caseiros A. QUE SEJAM GRUPOS PEQUENOS B. QUE TODOS DO GRUPO ENTENDAM QUAL É A OBRA DO GRUPO C. QUE OS LÍDERES SEJAM FORMADOS EM TUDO AQUILO QUE DEVEM PRODUZIR NOS GRUPOS D. QUE SE TRABALHE POR NÍVEIS E. QUE O ENCONTRO DO GRUPO SEJA CHEIO DE PARTICIPAÇÃO F. QUE HAJA TRABALHO NA RUA Igreja em Salvador
Precisamos entender algo básico. OS MÉTODOS SÃO RELATIVOS MAS OS PRINCÍPIOS SÃO ABSOLUTOS. Isto é, os métodos podem mudar conforme o tempo, o local e as circunstâncias, mas os princípios não mudam nunca. Os princípios são inquestionáveis e permanentes. Por isso, descobrir e praticar princípios é fundamental na obra de Deus.
(ABSOLUTOS) (RELATIVAS)
Ninguém pode questionar Rm 8.28-29. Se queremos cooperar com Deus, temos que trabalhar em função disto. Não podemos trabalhar para: salvar muita gente, encher o salão, mante-los na igreja, ter um trabalho grande e reconhecido, etc. Se não trabalhamos como Paulo (Cl 1.28; Ef 4.13), não cooperamos com Deus de maneira completa.
Não devemos olhar apenas para Jesus Cristo na cruz, na ressurreição ou no trono. Devemos olhar para o Jesus obreiro, sua maneira de operar, sua estratégia de ação. Os homens de sucesso, os ministérios reconhecidos mundialmente, não servem como ponto de referência. Apenas na medida em que eles seguem a Jesus. Ver Mt 17.1-5; Hb 1.1-3.
O Velho Testamento é útil (2Tm 3.16), mas não serve como base. O V.T. contem as sombras e figuras (Cl 2.16-17; Hb 8.5; 9.23; 10.1), mas o Novo Testamento contém a realidade que é Jesus E A Igreja. Se quiséssemos edificar uma nação terrena, deveríamos buscar os princípios para esta obra no V.T., mas a igreja é uma nação celestial (Ef 2.6; Hb 12.22), e os princípios para sua edificação estão no N.T. (ver ainda Gl 4.8-11).
Para entendermos bem que obra é esta, temos que ir ao Novo Testamento e ver com cuidado:
NÃO PODEMOS CONSIDERAR ESTA MANEIRA DE JESUS TRABALHAR, COMO ALGO RELATIVO. DEVEMOS FAZER COMO ELE FEZ.
E. A ÚNICA PREGAÇÃO QUE FORMA DISCÍPULOS É A PREGAÇÃO DO EVANGELHO DO REINO
Temos que conhecer bem a diferença entre o evangelho do reino e o evangelho das ofertas. Se pregamos salvação sem as condições do discipulado, não vamos formar discípulos, mas um ajuntamento de gente sem compromisso e submissão a Deus.
Se não entendemos bem Ef 4.11-16, podemos até juntar muita gente, mas nunca vamos cooperar a fundo com o propósito de Deus revelado em (Rm 8.28-29 e Ef 4.13).
Deve haver fruto de vidas alcançadas, transformadas, edificadas, para que alguém vá crescendo no ministério. Nos setores mais tradicionais da igreja, o reconhecimento vem através de um curso teológico. Nos setores chamados “renovados”, o reconhecimento é pelo carisma, ou pela eloqüência no ensino. Nos tempos do N.T., os presbíteros surgiam no seio da própria igreja, e eram reconhecidos por sua vida reta e pelo serviço (Tt 1.5-9).
Devem ser o exemplo, não apenas quanto a sua santidade pessoal, mas também quanto ao serviço. Devem se relacionar nas juntas e ligamentos, pregar o evangelho, fazer discípulos, edificá-los, formar igrejas nos lares, etc..
Não devemos ter um “pacote” muito grande. Paulo deu todo o conselho de Deus aos Efésios em apenas três anos (At 20.27). Jesus mandou guardar todas as coisas (não toda a Bíblia). Se a igreja esta cheia de intelectualismo bíblico, ou está sempre atrás de novidades, será muito difícil edificar discípulos. A novidade na igreja é que o amor e a obediência aumentem, e muitos novos se convertam ao senhor.
O Espírito Santo levou a igreja para as casas, não para fazerem reuniõezinhas com oração cântico e pregação, mas para serem tudo o que a igreja deve ser (principalmente desenvolver o ministério dos santos). Em grandes reuniões, com muita gente, não se pode ordenar os santos para o seu ministério. Por isso devemos nos reunir nas casas, em grupos pequenos.
Nem sempre é possível manter os grupos pequenos como se gostaria por causa da lentidão em formar novos líderes. Mas devemos fazer todo o esforço nesta direção porque com muita gente é muito difícil supervisionar concretamente todos os ministérios do grupo.
Devem ter uma mente libertada do reunionismo. Devem entender que a principal obra não é a que é feita no encontro do grupo, mas a que é feita durante toda a semana, por todos os integrantes do grupo (isto é, o companheirismo, o evangelismo nas ruas, as visitas aos contatos, o cuidado dos discípulos, os encontros com os discipuladores, os encontros com o núcleo do grupo, os encontros da liderança, as viagens a cidades próximas, as visitas a irmãos de outras congregações da cidade, etc.).
Se alguém não tem uma sólida experiência de companheirismo, evangelismo, edificação de discípulos e formação de discipuladores, como vai levar o grupo a ter esta experiência?
Isto porque Jesus é o modelo da obra, e ele trabalhava por níveis (tinha as multidões, os 500, os 120, os 70, os 12, e entre estes, Pedro, João e Tiago). Para cada nível corresponde uma intensidade de acompanhamento. Temos em Salvador, uma maneira especifica de distinguir níveis nos grupos. A maneira como fazemos isto, é uma coisa relativa. Cada um deve procurar a melhor maneira de fazê-lo. Mas quem não distingue níveis no grupo, está deixando de lado um princípio absoluto, que percebemos no ministério de Jesus.
Os discípulos que fazem parte do grupo, não apenas devem trabalhar durante a semana, mas durante os encontros, devem participar com suas orações, testemunhos do trabalho, etc.
Jesus passou a maior parte do seu ministério nas ruas. Mesmo quando edificava seus discípulos, estava na rua. Isto criava ampla possibilidade de constante evangelismo. Discípulos medrosos, que querem ficar sempre dentro de casa, dificilmente vão dar continuidade a obra. Devemos sair em grupos, sair com o(a) companheiro(a), com os discípulos, com os mais maduros, com o grupo todo, de todas as formas e em todas oportunidades possíveis.
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