Só Jesus Cristo é o Senhor

A Arte da guerra 6

A Arte da Guerra - Parte 6
SEXTO. A ARTE DA TÁTICA DE COMBATE

 

Uma batalha é ganha com planejamento e estratégia. Que tática usar para derrotar o inimigo. Jesus utilizou uma linguagem militar para falar do custo do discipulado, do preço de segui-lo. Quem quer ser seu discípulo deve calcular o custo e ver se consegue levar a empreitada até o fim.

"Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? Caso contrário, estando o outro ainda longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo condições de paz" (Lc 14.31-32).

Deus, o grande especialista na arte de guerrear ensinou os conquistadores de Canaã em como enfrentar inimigos mais fortes e poderosos do que o povo recém saído da escravidão. A Josué orientou que o povo todo marchasse em silêncio durante sete dias, dando uma volta por dia ao redor da cidade de Jericó, e que no sétimo dia a rodeassem sete vezes. Somente na última volta o povo tocaria e trombeta e romperia em gritos. A cidade caiu e Jericó foi conquistada. (Js 6.3-20).
A tática de destruir a cidade de Ai foi a de preparar uma emboscada estratégica na cidade. No plano de Deus, a arte da guerra consistia em que uma parte do exército atacaria pela frente da cidade, enquanto outra parte estaria do outro lado escondida. Quando os soldados de Ai viram o exército pela frente, pensaram que os soldados fugiriam como das outras vezes. Ao saírem contra o povo de Israel o povo fez de conta que fugia, e o segundo exército, então, atacou a cidade pela retaguarda. Novamente o plano de Deus funcionou (Js 8.1,2).
Deus deu a Gideão as coordenadas de guerra para que ele vencesse os midianitas. Seu pequeno exército de homens escolhidos e treinados deveria ser dividido em três pelotões de 100 homens cada. Suas armas eram tochas, cântaros e trombetas. A ordem de Deus é que deveriam dar um grito de guerra. A Bíblia diz que eles tocaram as trombetas, gritaram e quebraram os cântaros e "permaneceu cada um no seu lugar ao redor do arraial". Deus fez o livramento (Jz 7.16).
Um outro exemplo ainda é o da guerra de Josafá contra os amonitas. A tática de Deus ou, a arte de guerra consistia em colocar cantores paramentados à frente de todo o exército (2 Cr 20.19,21). Aqui também não usaram armas. Os sacerdotes e os levitas saíram à frente de todo o exército louvando e glorificando a Deus, cantando ao Senhor, "porque ele é bom e as suas misericórdias duram para sempre".
O plano de guerra e a tática de combate devem ser buscados diante do Senhor em oração. Numa batalha de oração como a que mencionei contra o congresso internacional da Nova Era em determinado lugar do Brasil, Deus nos deu todo o plano de oração e de ação enquanto estávamos em Belém, no Pará. Mais tarde co?mecei a entender porque isto acontecera. Estávamos longe do local e espiritualmente isto foi importante, pois os espíritos que operam nas regiões celestiais naquele estado certamente não tinham ciência do que aconteceria no estado onde se travaria a batalha. Lá, em oração diante do Senhor com meu colega de quarto, tivemos muita luz sobre tudo o que deveríamos fazer.
A equipe de obreiros da cidade em questão preparou todo o programa da igreja numa ação paralela ao da Nova Era. Por exemplo: durante as noites, enquanto eles tinham conferência, a Igreja se reunia num outro ginásio para louvor, adoração, pregação e oração. O povo compareceu ao ginásio para um evento da Igreja e a maioria dos irmãos nem tinham ciência da guerra espiritual que a cidade travava. Somente no local do encontro da igreja, os irmãos ficavam sabendo e eram levados a orar pela cidade. Enquanto isto os guerreiros adestrados previamente estavam infiltrados nas reu?niões da Nova Era, opinando, orando, fazendo perguntas, etc. Participavam como se fossem congressistas daquele encontro. As equipes de vigilância e oração se revezavam a todo instante caminhando ao redor do quarteirão, orando e amarrando os demônios. Estes irmãos eram substituídos a cada duas horas para não chamarem a atenção sobre eles.
Os organizadores daquele encontro maléfico sentiram a presença da igreja, pois não conseguiam se "concentrar" e não havia "fluídos espirituais" em suas reuniões. Por outro lado os guerreiros que estavam envolvidos na batalha estavam de tal forma submissos que nunca sabiam qual a sua próxima missão; para onde iriam e o que fariam. Somente os coordenadores da batalha sabiam do plano de guerra e designavam as pessoas para a missão que deveriam cumprir.
Finalmente é Paulo quem nos fornece a última tática para a arte de guerra. Escrevendo para os efésios sobre a batalha do cristão, ele diz: "Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis" (Ef 6.13). Paulo está dizendo que devemos tomar o território do inimigo permanecendo ali, ocupando o espaço. Se um país quer dominar uma região tem de deixar uma base militar na região conquistada, do contrário o inimigo que já foi derrotado, assim que o exército conquistador deixar o local, voltará a ocupar a antiga base. "permaneçam inabaláveis", isto é, não abandonem sua posição de conquista; fiquem no mesmo local guarnecendo a terra para que o inimigo não retorne.
O Senhor Jesus usou da linguagem de guerra para falar do interior do homem libertado dos demônios. Se a casa ficar desocupada, isto é, se o cristão não permanecer vigilante cuidando de sua vida interior, demônios mais fortes voltarão a ocupar a antiga base. "Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos, procurando repouso; e, não o achando, diz: Voltarei para minha casa, donde saí. E, tendo voltado, a encontra varrida e ornamentada. Então, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem se torna pior do que o primeiro" (Lc 11.24-27).
O lugar conquistado tem de ser mantido ocupado! Caso contrário a região conquistada voltará a ser ocupada e a luta terá sido em vão.
Na arte da guerra, Deus ensina que o cristão depois de vencer tudo, tem de permanecer inabalável, não dando espaço para o inimigo!

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Redação: Pastor Geciano Vieira