Só Jesus Cristo é o Senhor

A Arte da guerra 5

A Arte da Guerra - Parte 5
QUINTO. PREPARAÇÃO E ESCOLHA DOS GUERREIROS


Uma guerra é travada com soldados bem preparados. Estudando-se a arte da guerra do Antigo Testamento percebe-se que Deus trata da qualidade dos guerreiros de maneira especial.
Em primeiro lugar Deus elimina a todo o que é medroso. Em Deuteronômio 20 Deus estabeleceu este princípio para a nação de Israel nos dias de Moisés. Os sacerdotes e os oficiais deve?riam anunciar a guerra e pedir que todos os que fossem medrosos voltassem para suas casas. Quando Gideão usou esta arte divina, dos 32 mil que com ele estavam alistados, 22 mil voltaram para casa. Um soldado medroso infunde terror ao colega de combate e traz desânimo ao exército. O medo indica que o guerreiro não está confiando em Deus. "Não os temerás; pois o Senhor teu Deus, que te fez sair da terra do Egito está contigo... não tenhais medo, não tremais, nem vos aterrorizeis diante deles..."
"E continuarão os oficiais a falar ao povo, dizendo: Qual o homem medroso e de coração tímido? Vá, torne-se para sua casa, para que o coração de seus irmãos se não derreta como o seu coração" (Dt 20.1,3,8).
A obra de Deus é feita por gente de coragem; pessoas que confiam em Deus; que sabem que seu General está no comando da tropa e que é um grande vencedor. O lugar de medrosos não é na guerra, enfrentando demônios, príncipes satânicos, governadores do mundo espiritual, mas em casa, ou trancado nas quatro paredes do templo onde é mais seguro. Batalha espiritual contra as forças satânicas é para gente treinada e escolhida por Deus.
Deus procura eliminar do meio do exército todo homem cujo coração esteja noutra coisa que não a guerra.

"Os oficiais falarão ao povo, dizendo: Qual o homem que edificou casa nova e ainda não a consagrou? Vá, torne-se para casa, para que não morra na peleja, e outrem a consagre. Qual o homem que plantou uma vinha e ainda não a desfrutou? Vá, torne-se para casa, para que não morra na peleja, e outrem a desfrute. Qual o homem que está desposado com alguma mulher e ainda não a recebeu? Vá, torne-se para casa, para que não morra na peleja, e outro homem a receba" (Dt 20.5-7).

Gente preocupada com a construção da nova residência não tem o coração inteiramente na batalha. A construção não lhe dá tempo para sair e expulsar demônios, jejuar, preparar-se no estudo da palavra de Deus. Pessoas que possuem fazendas e colheitas a serem feitas, estão mais preocupadas com a lavoura do que com a guerra espiritual e alguém com data de casamento marcado não se atreverá a entrar numa batalha espiritual em que os demônios se lançarão sobre ele como abelhas revoltadas.
Deus também busca os adestrados para o combate. Pessoas treinadas e capacitadas são seu principal alvo. Senão vejamos: Em Juízes no episódio de Gideão contra os midianitas, Deus concluiu que o número de pessoas era ainda grande. Depois de eliminar os medrosos, Deus propõe a escolha dos habilitados para a guerra levando-os às águas para serem provados (Jz 7.4-7). O próprio Senhor faz o teste junto às águas e dos dez mil valentes, somente 300 estavam habilitados aos olhos de Deus para a batalha. Uma coisa é uma pessoa ser valente, outra é ser bem treinada. Valentia e treinamento têm de andar juntos.
Quando Josué destruiu a cidade de Ai, ele também escolheu os seus valentes (Js 8.3,4). Moisés ao guerrear contra Amaleque especificou o que queria dizendo a Josué: "Escolhe-nos homens, e sai, peleja contra Amaleque..." (Ex 17.9). No capítulo 31 de Números o próprio Deus escolhe a dedo os que deveria fazer a guerra - porque ele sabe onde estão os valentes treinados para a guerra (Nm 31.1-5). No Antigo Testamento encontramos vez após vez expressões como "homens valentes", "valentes de guerra", etc. A tribo de Gade tinha homens valentes que eram treinados na guerra, e de Manassés se diz que eram "guerreiros valentes, homens famosos". De Issacar a escritura diz que a tribo possuía "homens valentes nas suas gerações" e de Benjamim, "homens valentes... capazes de sair à guerra". Aqueles que vieram a Davi em Hebrom eram entendidos na guerra, habilitados para a batalha e homens de coragem "Dos filhos de Rúben, dos gaditas e da meia tribo de Manassés, homens valentes, que traziam escudo e espada, entesavam o arco e eram destros na guerra, houve quarenta e quatro mil setecentos e sessenta, capazes de sair a combate" (1 Cr 5.18). Outros textos: (1 Cr 5.18,24; 7.2,4,11,40; 12.1-40).
O próprio Davi tinha homens adestrados para a peleja e eles aparecem em destaque como os "valentes de Davi" (2 Sm 23.8-39). A escritura fala sobre alguns deles quando da coroação de Davi em Hebrom, como rei de Israel. Numa descrição detalhada de todos os valentes que foram coroá-lo rei, o texto bíblico diz: "São estes os principais valentes de Davi. que o apoiaram valorosa mente no seu reino, com todo o Israel...eis a lista dos valentes de Davi..." (1 Cr 11.10,11). Será que Jesus nos escolherá como valentes seus para lutar suas batalhas até que ele seja o Rei de nossa nação? E os nomes destes homens valentes ocupam um grande espaço da Escritura em 2 Samuel 23. Eram homens que não tinham medo e perfeitamente habilitados para a guerra.
Escolher, adestrar e enviar foi o que fez nosso Senhor Jesus Cristo depois de uma noite de oração. "E, quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles..." (Lc 6.12). Sabe-se que eram muitos os seus discípulos, mas dentre todos, Jesus selecionou os Doze e os treinou. Observe que , ao ressuscitar a filha de Jairo, Jesus levou somente alguns homens com ele ao quarto onde estava a menina (Mc 5.37).
Paulo usou deste mesmo princípio para escolher seus companheiros de jornada e de ministério.
Não devemos nos iludir: nem todo cristão é um guerreiro. Nem todos da igreja podem se envolver numa batalha espiritual na cidade. O certo seria que todos os membros da se envolvessem, mas empecilhos porque, nem todo membro de igreja é, de fato, membro da Igreja e guerreiro do exército do Senhor.

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Redação: Pastor Geciano Vieira