Só Jesus Cristo é o Senhor

A Arte da guerra 3

A Arte da Guerra - Parte 3
Terceiro: Observação
Autor(a): Pr. Josué Gonçalves

 

A observação, a espionagem e a investigação fazem parte da arte da guerra e sobre estes falaremos a seguir. Em toda a Escritura percebe-se Deus ensinando estes princípios ao seu povo e os exemplos são muitos na palavra de Deus. Vejamos alguns deles. Moisés recebe do Senhor a ordem de enviar homens a espiar a terra de Canaã. Por que espiar a terra? O próprio Deus responde:

"Envie homens que espiem a terra de Canaã, que eu hei de dar aos filhos de Israel... vede a terra, que tal é, e o povo que nela habita; se é forte ou fraco; se poucos ou muitos... e que tais são as cidades em que habita, se em arraiais se em fortalezas..." (Nm 13.1,18-20).

É claro que Deus sabia como era a terra, conhecia cada detalhe e tinha todas as informações. Entretanto, manda os espias para que se certifiquem de que não terão vida fácil. Eles veriam que a terra além de manar leite e mel tinha também lugares áridos. Deus manda espiar para que não sejam apanhados de surpresa e para que aprendam esses princípios universais. Deus conhecia a terra nos seus mínimos detalhes, mas espioná-la fazia parte do treinamento. O povo tinha que aprender a observar.
    Josué aprendeu como isto era importante e usou a tática que aprendera de Deus  com Moisés, no passado. Josué enviou dois homens para espiar a terra de Jericó antes de qualquer tentativa de guerra. "Andai e observai a terra e a Jericó" (Js 2.1). Aqueles dois homens que foram espiar a terra observaram que a cidade estava com medo e que o pânico já tomara conta da população. Viram a cidade, suas casas, seus palácios e suas fortificações.
 Josué procedeu da mesma forma quando mandou alguns homens espiar a cidade de Ai (Js 7.2,3). O relato dos espias foi sincero quando disseram que não era necessário fadigar todo o povo naquela guerra. Entretanto os homens fugiram derrotados porque havia pecado escondido entre os filhos de Israel.
  Anos depois Gideão usou o mesmo princípio e saiu durante a noite a espiar o acampamento dos midianitas (Jz 7.9-11). Tudo estava preparado para a batalha, mas era necessária uma última olhadela para assegurar-se de alguns itens. Foi o próprio Deus que lhe ordenou descer até o acampamento. "Se ainda temes atacar, desce tu e teu moço Pura ao arraial", disse o Senhor.
O ensino de Jesus é de cuidar, vigiar, observar, como em Mateus 24.4,15, 25, 32, 44, etc. Por que espiar? Para conhecer o inimigo, a situação das cidades, conhecer o povo, examinar a força do oponente. Isaias descreve uma embaixada da Babilônia que foi a Jerusalém levando votos de boa saúde ao rei Ezequias. Na oportunidade o rei mostra aos embaixadores todos os palácios, o templo, as armas e o tesouro real. Isaias adverte o rei de que não procedera corretamente, pois aqueles homens mais tarde viriam e tomariam tudo o que pertencia a Judá (Is 39.1-8).
As guerras espirituais que o povo de Deus enfrenta nos dias de hoje são bem diferentes das do Antigo Testamento, mas os princípios são os mesmos. Satanás ataca as cidades de maneira sutil, com programações aparentemente culturais, com aparência de boa espiritualidade e os cristãos precisam estar atentos. Todo o planejamento de uma batalha espiritual tem que ser feito tendo como base o princípio da observação. Quando o inimigo ataca nossas cidades com programações aparentemente culturais, é preciso ver como será a programação do adversário, os temas das conferências, os nomes dos preletores, locais de reuniões e os horários. Observando o que o inimigo está planejando para a cidade, pode-se montar uma estratégia de guerra com oração e ação. Geralmente os jornais trazem uma grande contribuição, pois os organizadores de encontros de bruxaria, de Nova Era, etc, fazem muita publicidade para chamar a atenção do público e fornecem todos os detalhes.
O princípio da observação deve ser aprendido. Pode-se enviar irmãos que atuarão como espias nas reuniões de preparação e que trarão as informações para os coordenadores da batalha. Um irmão, preparando uma estratégia de batalha espiritual em sua cidade, conseguiu infiltrar-se na coordenação, assistindo a várias reuniões. A estratégia de guerra é, então, montada em cima do que o inimigo de Deus está planejando.
Cabe aos líderes espirituais da igreja manter os olhos bem abertos quanto a movimentação satânica e suas astúcias contra a sociedade e a igreja.  Pode-se conseguir o programa dos eventos, os temas das palestras e montar uma estratégia de combate. E isto funciona.  A oração da igreja, então, será específica, atingindo o alvo com precisão. Isto é bíblico e pode ser praticado por todos os cristãos.

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Redação: Pastor Geciano Vieira