Só Jesus Cristo é o Senhor

Paz nas Férias 1

PAZ nas Férias Parte 1
Autor(a): Pr. Davi Merkh

 

As antigas aulas de matemática do colégio nos ajudam a entender a confusão que, às vezes, reina em casa.  Temos seis filhos. Conforme os matemáticos, a permutação de seis (ou seja, o número de conflitos possíveis em nossa casa) gera 720 diferentes combinações de "um contra o outro" ou "todos contra um" (6x5x4x3x2x1)! Em alguns dias, sentimos que já completamos nossa "coleção" completa!

Seis filhos significam seis gênios diferentes, seis personalidades, seis "egos". Infelizmente, todos refletem a mentalidade que, primeiramente, vêem em nós, seus pais: "Eu sou o primeiro!"

Imagine o que acontece quando nós OITO temos "tempo de sobra"-quando, temporariamente, cessam as benditas aulas de tênis, piano, natação, escolinha etc. No primeiro dia de férias, assim que surgem as reclamações de tédio e falta de algo para fazer . . .  Quando logo em seguida começam as brigas sobre o que assistir, quem tocou em quem, quem sentará na poltrona predileta, quem vai manipular o controle remoto, e assim por diante, ad infinitum ad nauseum.

Como encontrar paz nas férias?  Como evitar que o iceberg da rivalidade entre irmãos (submerso sob o mar do ativismo durante o ano letivo) naufrague nosso lazer familiar?  Gostaríamos de olhar para quatro das principais causas da rivalidade entre irmãos, oferecendo algumas sugestões bíblicas e práticas que têm funcionado em casa.

1.  Falta de Fé nos Filhos.  A primeira causa de rivalidade entre irmãos que encontramos nas Escrituras é a natureza humana pecaminosa.  Nossos filhos nascem como nós--pecadores egoístas.  Querem o que querem, quando querem. Que bela herança dos pais!   A estultícia está ligada ao coração da criança . . . (Pv 22:15).  A rivalidade entre irmãos começou na primeira família, entre os irmãos Caim e Abel.  A falta de fé levou Caim, o mais velho, a matar o próprio irmão, Abel, por ciúmes  (Gn 4:8).  Se Jesus não transformar o coração dos nossos filhos, a estultícia e a rivalidade entre irmãos dominarão em nossos lares.  Nossa primeira tarefa como pais, é mostrar para os filhos a estultícia ligada a seus coraçõezinhos, e levá-los até a cruz de Cristo.

Sugestão: Ficamos admirados com o número de pais cristãos que se preocupam em dar o melhor de todas as outras coisas para seus filhos, mas que negligenciam cultivar a fé verdadeira neles.  NOSSA PRIMEIRA PREOCUPAÇÃO COMO PAIS DEVE SER A SALVAÇÃO E O DISCIPULADO DOS NOSSOS FILHOS.  Para isto, precisamos focalizar em questões de coração e não somente de comportamento.

Que tal aproveitar as férias para reiniciar a velha, mas ainda essencial, prática de "culto doméstico"?  Não para ler 17 capítulos de Levítico na hora de dormir, mas para investir em cinco a dez minutos de discussão dinâmica em uma discussão dinâmica que toca em questões do coração e das lutas que os filhos enfrentam?  Fé em Cristo é o ponto de partida para a paz na família.

2.  Favoritismo pelos Pais.  Pais que praticam favoritismo são considerados a segunda causa de rivalidade entre irmãos.  A família de Isaque e Rebeca ilustra como o favoritismo pode gerar conflito entre os filhos.  Isaque amava seu primogênito, Esaú, homem de caça e do campo.  Mas Rebeca favorecia Jacó, homem manso, sensível e doméstico (Gn 25:28).  O favoritismo dos pais plantou sementes de rivalidade e ressentimento no coração dos filhos, sementes que, mais tarde, deram frutos apodrecidos de brigas, desconfiança, mentira e separação tanto entre pais quanto entre os filhos.

O pecado dos pais repetiu-se na vida dos filhos.  Jacó, por sua vez, não se esforçou em esconder sua preferência pelo filho José sobre os outros 11 irmãos.  Embora Deus tenha transformado aquela difícil situação em bênção (Gn 50:20), houve muito sofrimento desnecessário, especialmente para José.  A crueldade e o ódio de seus irmãos foram indesculpáveis, mas tudo começou com a raiz amarga do favoritismo dos pais e avós.

Sugestão:  Seria bom que você, pai ou mãe, verificasse se algum filho se sente marginalizado.  Observe bem: o que importa é se o filho se SENTE marginalizado, mesmo se você discorde.  Alguns pais, desafortunadamente, tentam evitar acusações de favoritismo através do "jogo da justiça".  Medem tudo que dão para seus filhos para garantir que nenhum receba uma gota a mais de refrigerante, um grama a mais de bolo, um centavo a mais gasto no presente.  Mas é impossível  manter esse padrão, e é artificial: a vida não nos trata assim.  Mais cedo ou mais tarde, os filhos acordarão para este fato.

Para nós, tempo exclusivo com o filho que se sente discriminado é o melhor remédio.  Pode ser um jantar especial, um café da manhã, ou um passeio. O que importa é que o filho seja lembrado de que ele tem um lugar todo especial na família e no coração dos pais.

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Redação: Pastor Geciano Vieira